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Estava forte demais a pressão.
Misturou antipatia, maus resultados.
E muito dinheiro.
O homem do futebol do Flamengo não queria Dorival Júnior.
O clima entre o treinador e Paulo Pelaipe era insuportável.
Desde foi nomeado pelo presidente Bandeira de Mello, ele avisou.
Não via o treinador com o perfil vencedor que busca na Gávea.
Mas acontece que Patricia Amorim deixou uma herança.
Contrato com Dorival Júnior até o final do ano.
Salários de R$ 680 mil.
Com R$ 2 milhões de multa.
Ele, seu preparador físico e mais dois auxiliares custariam R$ 1,2 milhão ao clube.
Pelaipe tentou a saída mais fácil.
Obrigar o técnico a pedir demissão.
E afastou o preparador Celso de Resende.
Ainda nas férias, foi uma cruel maneira de Pelaipe avisar que não queria Dorival.
O treinador voltou, se reuniu com Bandeira de Mello e Pelaipe.
Avisou que não pediria demissão.
Se o Flamengo quisesse mandá-lo embora bastaria pagar R$ 2 milhões.
Pelaipe foi obrigado a recuar.
Bandeira de Mello avisou que não gastaria aquele dinheiro.
Dorival e Celso de Resende ficaram.
Mas sem apoio político algum.
O clube ganhou Elias e Gabriel do empresário Carlos Leite.
Mas a contratação mais importante foi de Carlos Eduardo.
Ele deveria ser o camisa 10 do time.
O Flamengo chegou invicto à semifinal da Taça Guanabara.
Se classificou bem, mas jogando de uma maneira inconvincente.
Veio o jogo e a derrota para o Botafogo.
Eliminação no dia de aniversário de Zico.
Dorival Júnior ficou à beira do abismo.
Bandeira de Mello estava irritadíssimo.
Paulo Pelaipe, desesperado, sem saber o que fazer.
Para piorar a situação, Dorival não cedia.
Não colocava Carlos Eduardo como titular.
Dizia que não tinha boas condições física.
Vindo da Rússia, precisava se readaptar ao futebol brasileiro.
Desculpas que a direção do clube não aceitava.
Começou a Taça Rio e logo no primeiro jogo, o desastre.
O time perdeu de virada para o Resende.
Estava vencendo por 2 a 0 e foi derrotado por 3 a 2.
A direção do clube foi muito pressionada para demitir Dorival.
Pelaipe escolheu um caminho infalível.
Procurou o técnico e avisou que haveria uma redução salarial na Gávea.
O teto passaria a ser R$ 300 mil.
Se quisesse ficar, teria de aceitar ganhar menos da metade.
Lógico que ele recusou, o clima ficou tenso.
A ponto de ser demitido no início desta noite.
A multa de R$ 2 milhões tem tudo para ser resolvida na justiça.
A prioridade para o Flamengo é Mano Menezes.
Ele trabalhou com Pelaipe e Carlos Leite no Grêmio
O treinador a princípio queria descansar mais tempo.
Recebeu como indenização pela demissão da CBF nada menos do que R$ 4,3 milhões.
Esse está sendo um grande obstáculo.
Além do seu alto salário.
Não aceitaria menos do que R$ 500 mil para voltar ao trabalho.
Mas a direção do clube não ficará de braços cruzados.
Nem esperará de joelhos por Mano Menezes.
Dirigentes já entraram em contato com Jorginho.
O ex-auxiliar de Dunga na Copa de 2010.
Ele tem uma história no Flamengo.
Fez ótimo trabalho no Figueirense no Brasileiro de 2011.
Em 2012 estava no Kashima Antlers.
Ganhou a Copa do Japão, Copa Suruga e a Copa Nabisco.
No campeonato nacional foi mal, conseguiu apenas a 11ª colocação.
Foi dispensado.
Viajou para a Europa para se reciclar.
Está sem clube e está fácil demais para o Flamengo fechar.
A definição da sua contratação pode acontecer ainda neste domingo.
Será uma meia vitória de Pelaipe.
Ele tirou o cargo de Dorival Júnior.
Usou de uma estratégia deprimente.
Mas tirou.
Só que não está conseguindo Mano Menezes.
Por falta de dinheiro, está indo para Jorginho.
É uma aposta.
Mas algo precisava mesmo ser mudado na Gávea.
O futebol do time não estava digno de suas tradições.
A apaixonada torcida flamenguista merece levantar a cabeça...
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